sábado, 31 de julho de 2010

LEMBRAM-SE DESTES ACTORES ANTES DE SEREM FAMOSOS?

Ah, pois é! Como tudo na vida é preciso começar do absoluto zero ( ou quase ). Por isso e como não tou para escrever muito hoje ( são 6 da matina, é sexta-feira/sábado e gosto de whisky ) aqui estão uns quantos actores em início de carreira em filmes/séries de TV que posso orgulhosamente dizer que vi ANTES de serem conhecidos, e alguns que tenho mesmo na minha dvdteca pessoal. Em comum têm que todos ou já foram nomeados ou galardoados com Oscars, ou estão em bom caminho de o ser.
Tentem reconhecê-los sem olhar as legendas...



PROOF, um drama psicológico australiano de 1991 ( e que já passou na TV portuguesa a altas horas da madrugada ) ganhou muitos prémios no seu país de origem e serviu de passaporte para Hollywood a HUGO WEAWING ( O Agente Smith de MATRIX ) e um muito jovem e quase irreconhecível RUSSELL CROWE ( Oscar por Gladiator e tá tudo dito )...



Sim, o sempre (demasiado) sério SEAN PENN, num papel de "surfing stoned dude" em FAST TIMES IN RIDGEMONT HIGH, comédia juvenil de Cameron Crowe. Antes de ter 2 Oscars, passou os anos 80 ou a  fazer os mais variados ( e nem sempre devidamente reconhecidos ) papéis ou a entrar nas colunas de mexericos por agredir paparazzis por ser marido da...Madonna!


Lembram-se do puto do IMPÉRIO DO SOL do Steven Spielberg? Quem diria que um dia o galês CHRISTIAN BALE seria...Bruce Wayne/BATMAN?

JACKIE EARLE HEALEY ( o bacano do meio de chapéu ) esteve no limbo do cinema comercial durante quase 20 anos, enquanto entrava em filmes menores direct-to-video e fazia pela vida em várias profissões...até regressar em grande em 2006 por um papel em LITTLE CHILDREN que lhe valeu uma nomeação para o Oscar. Surpreendentemente...não foi redescoberto pelo Quantin Tarantino. À esquerda na foto o hoje super-famoso TOM CRUISE e à direita o não-tão-famoso-actor-tornado-mais-ou-menos-conhecido-realizador-JOHN STOCKWELL no obscuro filme LOSIN´IT.


JOHNNY DEPP no PLATOON do sempre polémico realizador OLIVER STONE. Porventura o seu papel mais secundário de sempre ( quase figurante, é o militar americano que fala vietnamita )...e também o seu papel mais "normal ( e quando digo normal refiro-me a "pessoa normal", não "normal no Johnny Depp" )". No ano seguinte entraria na série policial juvenil 21 JUMP STREET ( RUA JUMP 21 ). O que aconteceu a seguir já se sabe, TIM BURTON dirigiu-o numa série de interpretações completamente alucinadas que se virão a tornar a imagem de marca deste autêntico camaleão.
CHARLIE SHEEN ( quase um irmão gémeo do Tom Cruise na altura ) no mesmo PLATOON teve o papel principal e voltou a ser figura central em WALL STREET do mesmo realizador ( papel que voltará a interpretar na sequela a estrear este ano ) mas onde cómicos se tornam actores dramáticos, Sheen veio a tornar-se mais conhecido como cómico, e hoje, a par dos problemas com drogas e acusações de violência doméstica, podemos vê-lo como o hilariante Charlie Harper em 2 HOMENS E MEIO.

Sim, o LEONARDO DICAPRIO lado do Johnny Depp (numa outra interpretação dita "normal" porque parece o único memnro são de uma família completamente disfuncional ) como jovem deficiente mental de 17 anos em WHAT´S EATING GILBERT GRAPE, o que lhe valeu uma nomeação para o Oscar (aos 20 anos)...foi a primeira das muitas que não ganhou. Um dia terá mesmo que ser...



E no mesmo ano da 1ª nomeação do Leonardo DiCaprio, ANNA PAQUIN, com apenas 11 anos ganhou um Oscar de Melhor Actriz Secundária em O PIANO. Posteriormente foi Rogue em X-MEN e Sookie Stackhouse na série de TV TRUE BLOOD.





Lembram-se da série cómica BLACK ADDER (que saudades que tenho de me rir até faltar o ar )? ROWAN ATKINSON escreveu e interpretou quatro gerações da maquiavélica família nobre inglesa Blackadder com os seus diabólicos planos de subir ao trono ( ou ganhar uns trocos à pala disso), antes de se tornar mundialmente famoso com o humor básico e gestual de MR. BEAN, onde infelizmente não existe a absoluta genialidade e cinismo dos seus comentários sarcásticos. Miranda Richarson, a irritante e mimada Rainha Isabel I viria a tornar-se uma das mais talentosas actrizes dramáticas já com duas nomeações de Oscars e interpretará Rita Skeeter no próximo filme do HARRY POTTER ( confesso, nunca me interessou minimamente esta série ). Porém sem dúvida o caso de sucesso mais surpreendente foi o de HUGH LAURIE. De interprete de duas gerações dos aristocratas mais estúpidos e burros do Reino Unido, o cómico britânico livrou-se do sotaque e hoje em dia é mundialmente conhecido como o cínico ( e americano ) DR. HOUSE.

O australiano ERIC BANA é hoje conhecido como um dos mais aplicados actores de Hollywood. Deu-se a conhecer mundialmente em HULK, como secundário roubou o protagonismo ao próprio Brad Pitt em TROIA e consagrou-se em MUNIQUE. Foi mesmo tido como sério candidato ao papel de James Bond antes de Daniel Craig. Quem diria que o seu passaporte para Hollywood seria no papel de Mark Read Chopper em CHOPPER, o criminoso mais famoso da Austrália? Nada mau para alguém que até há 15 anos era conhecido apenas no seu país como...comediante.



Há uns anos passou na RTP2 uma série de aventuras chamada ROAR, sobre um bando de guerreiro célticos que lutava contra os invasores romanos. No papel principal um jovem actor australiano chamado... HEATH LEDGER.

Na que deve ser uma das melhores gestões de carreira de sempre, TOM HANKS tornou-se famoso em comédias parvas como SOLTEIROS E TARADOS ( foto ) para posteriormente passar a comédias mais inteligentes e mais tarde a papeis dramáticos ( FILADELFIA, FORREST GUMP ) que lhe valeram 2 Oscars e o estatuto de um dos actores mais bem pagos. No campo completamente oposto, que pensará disso o hoje completamente esquecido MICHAEL DUDIKOFF ( à direita na foto ) que se viu atirado para produções de série B nos anos 80 ( Lembram-se do NINJA AMERICANO ) até desaparecer do mapa?



Quem cresceu nos anos 80 talvez se lembre que as bicicletas BMX estavam na moda, e mais de uma vez tenha alugado ( porque só os meninos de famílias ricas podiam fazer cópias porque eram precisos 2 gravadores VHS e cada um custava em média mais de 400€ da nossa moeda ) um filme ( australiano ) que se tornou bastante famoso em Portugal na época da explosão dos clubes de video ( 86...87...) chamado BANDIDOS DAS BMX. O que talvez não se lembrem é que a actriz principal era uma miuda de 16 anos chamada NICOLE KIDMAN.


E falando de desportos radicais dos anos 80, quem não se lembra de certo filme chamado OS LOUCOS DO SKATE onde o herói era um tal de...JOSH BROLIN? Um filme que porventura foi o primeiro contacto de muito gente com um certo grupo chamado RED HOT CHILLY PEPPERS antes de serem mega-famosos nos anos 90? Ah, pois é!

E para terminar, aquele que começa a ser reconhecido como um dos actores mais talentosos da sua geração e que podemos ver este ano em 500 DIAS DE VERÃO e INCEPTION: JOSEPH GORDON-LEVITT. Lembram-se do extraterrestre disfarçado de puto humano com hormonas aos saltos na hilariante série 3º CALHAU A CONTAR DO SOL?

terça-feira, 27 de julho de 2010

Crítica do dia: INCEPTION

Eu podia dizer apenas para irem ver o filme mas tenho que escrever algo mais que isso...

Dobrar a esquina acaba de ganhar um novo sentido...
E assim ao fim de meses de espera pelo lançamento, e dois dias de espera para ter tempo para ir ao cinema... finalmente vi o INCEPTION. Sim, troquei o sofá pela cadeia do cinema!
É complicada a tarefa de tentar escrever sobre cinema; uma coisa é falar sobre filmes que ninguém ouviu falar nos circuitos mais populares e opinar sobre esse quase desconhecimento; outra é tentar analisar um blockbuster que estreou há menos de 1 semana e onde tenho a certeza qualquer crítico profissional já fez melhor figura que eu ( ora bolas, não é para isso que são pagos? )… por isso vou tentar sintetizar tudo numa frase para quem não tiver paciência para eles o texto todo:


VÃO VER O RAIO DO FILME!


Sim, e digo isso também do estuporzinho do puto imberbe que deve tar a fazer um download rasca só para dizer que tem o filme pirateado, quando provavelmente e sem saber como já gostou mais que o bilhete de cinema.

Tentarei não meter muitos spoilers porque este é um filme de quase 3 horas ( que nem notamos passar ) que requer o máximo de atenção. E esse é eventualmente o maior problema: a sua complexidade. De facto acho que deve ter sido um dos filmes mais difíceis de compreender que eu já vi ( e atire a primeira pedra quem pensa que pescou MEMENTO à primeira ) o que por um lado é bom: obriga-nos a revê-lo novamente e descobrir novos detalhes a cada nova revisão ( não tou falando de filmes do execrável Uwe Boll que nem espetando um resumo no início de cada um dos seus merdosos filmes consegue que estes façam algum sentido ). É que a ideia base é simples, tão simples que ficamos a pensar em como ninguém tinha pensado nisto antes ( se bem que corre o rumor que há uma semelhança mais que evidente com o anime PAPRIKA ); no entanto, na sua simplicidade deparamos com uma extrema complexidade na história…mas isso não nos afasta, muito pelo contrário, leva-nos a prestar mais atenção. Nolan devia ter si o professor porque consegue ensinar e despertar o interesse por algo complicado, mas pronto, já deu para perceber que o homem é um mestre.


Para começar sabemos logo que é um filme de Nolan, o que é optimo! A fotografia é excelente, e ele continua a utilizar os tons azuis para os exteriores frios e dourados para os interiores mais confortáveis. Talvez essa aparente monotonia no tratamento cromático lhe tenha valido tanto admiradores como críticos; de factor as suas anteriores experiências como BATMAN BEGINS e DARK KNIGHT pecam por ser demasiado…insossas. Mas isso dá ao própria filme a gravidade e tratamento sério que não existem em outros thrillers. Depois dos BATMAN(1989) e BATMAN RETURNS góticos mas burlescos do Tim Burton e os pavorosos BATMAN FOREVER e BATMAN & ROBIN de Joel Schumacher, autênticos atentados kitsch, os Batmans realizados por Nolan vieram dar uma seriedade à personagem que funciona ainda mais por tudo ser tão real. E é isos que temos em INCEPTION. Sabemos que o mundo é real. Sabemos que existe tecnologia que permite entrar em sonhos, e os sonhos são a porta para a mente. Sabemos que é utilizada em espionagem industrial para recolher informações secretas. Sabemos que as corporações conhecem-na aos mais altos níveis mas não é algo que se encontre na esquina. Basta ver os seus utilizadores que aparentam ser muito bem pagos por um trabalho que requer mais inteligência que músculo. Nolan não faz a história centrar em torno da tecnologia em si mas sim do grande golpe que é “infectar” a personalidade de alguém com uma ideia “parasita”. Aí reside a “incepção” do título tão mal re-entitulada “A Origem” no nosso mercado. Porque sejamos sinceros…incepção soa a algo demasiado clínico. Resta-nos saber a que se refere a “origem” do título português porque talvez prepositadamente ou não ( e duvido muito que quem escolheu esse título tenha tido direito a um pré-visionamente ) remete-nos para alguns elementos do filme. Será o ponto central de todo o processo do golpe? A capacidade de invadir a mente de alguém em busca de seus segredos com sonhos dentro de sonhos? Ou isso ou alguém enganou-se e conseguiu enganar-nos...


Epá…eu já vi isso no Matrix…


Pois já viste mas felizmente não estamos em território de MATRIX ou pior ainda, das suas péssimas sequelas. MATRIX ( o 1º e só esse ) era um excelente filme de acção com um argumento original e inovador mas era pura ficção científica, realidade induzida por uma conspiração cibernética à escala planetária. O pretensiosismo pseudo-filosófico das suas sequelas veio a criar uma corrente desnecessária de “novos pensadores” da obra que em muito veio a danificar a imagem de um filme que por si só era óptimo. Aqui não temos pessoas “normais” tornadas avatares cheios de estilo capazes das maiores proezas acrobáticas ( e um arsenal pessoal de fazer inveja a qualquer gun-nut republicano)num mundo programado. Olhando para as personagens sabemos que são pessoas normais com um impecável gosto em vestir porque são “criminosos” de luxo ( do estilo vintage de Arthur ( Joseph Gordon-Levitt ) ao descontraído estilo jogador de casino de Eames ( surpreendente Tom Hardy ) que no mundo dos sonhos adquirem habilidades especiais porque é nisso que são bons – a contornar as armadilhas da mente. Talvez por isso se explique que o franzino Arthur seja o “músculo” dentro dos sonhos e Eames o “falsificador” de imagens. Porque o mundo dos sonhos é igual ao nosso e só percebemos isso através de algumas variações na palete cromática, mas é quando as leis da física são quebradas ( alguém disse que é um ETERNAL SUNSHINE OF THE SPOTLESS MIND sem a fantasia e com muitos tiros ) que este mundo mostra-se irreal aos nossos olhos, e sendo os efeitos especiais CGI reduzidos ao máximo ( como é apanágio do realizador ), onde são utilizados são surpreendentes e podem muito bem valer uma nomeação aos Oscars. É um daqueles raros casos em que temos qualidade sobre quantidade, onde menos é mais, onde o tom sério lembra-nos constantemente que isto não é uma brincadeira para enterter. Nolan sempre foi um realizador que gostou de contar uma história através da edição não-linear ( edição essa que é a base de MEMENTO ) e mais uma vez obriga-nos a prestar atenção a todos os detalhes.


Mas a própria complexidade do golpe em si encontra um digno desafio nos problemas pessoais da personagem central, Cobb ( Leonardo DiCaprio ) que podem pôr em perigo todo o golpe: uma projecção residual da sua falecida esposa Mal (Marion Cotillard ), uma espécie de fantasma ou pior, um demónio interior, uma sensação de culpa que o persegue. E mais uma vez aqui está a absoluta genialidade de Nolan, como em menos de 3 horas de filme consegue sintetizar dramas pessoais ( que não eram em nenhum momento revelados existirem nos espectaculares trailers, e que surpresa se torna a inclusão desta sub-narrativa ) com um golpe que se passa no interior da mente, e ao mesmo tempo consegue explicar-nos logicamente o que se está passando com um rigor ( ou melhor…uma seriedade ) científico. Inevitavelmente acabaremos perdidos e só após algumas revisões poderemos detectar incongruências na história mas diabos me levem se isso me vai fazer gostar menos do filme!


Espelho, espelho meu, haverá alguém
mais parecido contigo do que eu?
Quanto às interpretações estão todas muito boas. Leonardo DiCaprio mais uma vez mostra que é o melhor actor da sua geração, embora continue a não ser o mais adequado fisicamente ao papel mas isto é uma opinião muito pessoal. Um anti-herói por excelência, aceita o trabalho para poder voltar a ver os filhos. E em todo o filme impõe uma presença grave, principalmente na narrativa secundária da sua anterior relação com a falecida mulher ( uma muito sexy e elegante Marion Cotillard). É interessante pensar como seria se no papel principal entrasse outro “regular” da filmografia de Nolan como Christian Bale ou o muito desvalorizado Guy Pearce ( lembram-se dele em MEMENTO? ). Também é interessante a parecença física que tem com o realizador, será que Nolan viu em DiCaprio a própria "projecção" do seu alter-ego? Joseph Gordon-Levitt ( Arthur ) é o elemento táctico e é surpreendente a sua parecença física com o falecido Heath Ledger…poderá ser isso um sinal de uma possível participação no próximo Batman de Nolan? Tom Hardy ( Eames ) é o verdadeiro scene-stealer, todo o humor advêm da sua personagem, não o humor fácil mas de alguém que parecer estar mesmo a gostar e a gozar com o trabalho de encarnar outras personagens em sonhos. Ken Watanabe ( Saito ) é o dinheiro da operação, o “turista” que sem o precisar decide voluntariamente, talvez pelo gosto do perigo fazer parte do golpe. O andrógino Cillian Murphy ( Fischer ) volta a compor uma personagem ambígua que é o “alvo” do golpe, a mente a corromper. Ellen Page é Ariadne, a “arquitecta” responsável pelo “cenário” do golpe e embora seja evidente a atracção entre ela e Cobb ( pelo menos da parte dela ) em nenhum momento o filme cai na lamechice fácil, e ainda bem. Aqui não há lugar para heróis nem verdadeiros vilões. E claro está, isto é um filme de Nolan, logo Michael Caine tem que ter um pequeno papel. Apenas lamento Lukas Haas não ter tido mais tempo de écran, depois de o ter visto no excelente BRICK.

E QUAL O VALOR DO FILME COMO FICÇÃO CIENTÍFICA?
Epa...o conceito de década nunca foi muito bem definido. Sabemos que uma década são 10 anos, e há quem diga que a década abrange de 2001 a 2010, outros que dizem que de 2000 a 2009 por isso parece que ficamos meio nas lonas. E que define a ficção científica no cinema? As suas ideias, a sua espectacularidade, a sua história ou a eficácia? Pergunta bicuda, e resposta ainda mais bicuda.
Vejamos...nos anos 60 o filme de FC da década foi o secante 2001 do Stanley Kubrick ( pode ser obra prima mas é uma seeeeeca ); nos 70 acho que podemos dizer que STAR WARS, mais pelo factor entretenimento que pela ficção científica em si ( numa década pessimista, o "Episódio IV" da Guerra das Estrelas foi uma lufada de ar fresco do espaço, mas eu gosto é do ALIEN ); nos 80 tivemos muito por onde escolher mas parece evidente que foi BLADE RUNNER ( se bem que eu adoro o TRON e o ALIENS e o PREDATOR provou ser um grande bacano...) e nos 90 ( TERMINATOR 2 marcou... ) MATRIX diferenciou-se numa década com demasiados meios informáticos mas pouco talento ou originalidade. Assim...fica ao gosto do freguês: o filme de FC desta década é INCEPTION... e o espaço de tempo entre 2000 e o ano passado de 2009 pode ficar com o AVATAR ( espectacular tecnicamente mas só isso ) se bem que é um pouco difícil definir a década passada com a absoluta mediocridade...

E O DVD? Perguntarão para que raio tou a falar do DVD de um filme que estreou há apenas uma semana…é que isto é um filme da Warner! E os filmes da Warner nas suas edições espanholas são exactamente iguais às edições portuguesas ( sim, com legendas em português ) …exceptuando que provavelmente pelo mesmo preço da edição simples de 1 disco vendida cá, a edição espanhola terá 2 discos e um estojo bastante mais interessante de cartão ou metal, com várias capas à escolha ( enfim, paneleirices que ficam bem junto aos melhores filmes ), por isso quem puder dar um pulo ao outro lado da fronteira ou mandar vir através da www.dvdgo.com fará um bom investimento ( entre Outubro e Dezembro, a data mais previsível do lançamento ). Não quero denegrir a edição portuguesa mas se a casa-mãe lança em países diferentes a mesma coisa por um preço muito parecido mas com uma melhor apresentação…logicamente vamos pelo best value for Money :D

VEREDICTO FINAL: nem me vou pôr com mais merdas e só posso dizer…este ano foi a 1ª vez que fui ao cinema porque estava mesmo interessado em ver o filme ( quando o filme não me interessa prefiro alugá-lo nem que tenha que esperar pelo menos 3 meses, não sou de downloads ilegais ). Isto é um filme que devolve-nos o prazer de gastar €6 num bilhete de cinema sem ter que nos impingir com tretas como Real 3D. Este é o filme do ano, sem dúvida, e como tal podemos esperar que seja ESQUECIDO nos Oscars ( excepto categorias técnicas ). Enfim, hora de terminar. Num próximo artigo falarei dessas tais edições muito interessantes da Warner, iguais mas muito diferentes das que por cá se vendem. Até lá…voltem a adquirir a sagrada experiência de ir ao cinema porque este é o melhor filme para isso.